domingo, 4 de dezembro de 2011

Curiosidades

Numa cerimónia simbólica que reuniu cerca de uma dezena de familiares das vítimas do "Bolama", na qual rezaram e atiraram flores ao mar, em memória dos 31 desaparecidos, o presidente do Sindicato Livre dos Pescadores, Joaquim Piló, argumentou que "há matéria mais que suficiente para reabrir o processo crime".

O sindicalista não poupou críticas à justiça e apontou o dedo ao Presidente da República, Cavaco Silva, que desempenhava na altura o cargo de primeiro-ministro, por não ter contribuído para o esclarecimento do caso, arquivado em 2008.

Joaquim Piló disse não ter dúvidas que se trata "de uma questão política", da mesma forma que afirma com convicção que "o navio transportava urânio e armas, e não eletrodomésticos" numa altura em que, lembrou, ocorria a guerra entre o Irão e o Iraque.

Os familiares exigem que o navio seja trazido para a superfície para apurar as causas do afundamento, algo que tem sido uma reivindicação permanente dos parentes das vítimas.

Os vários governos eleitos depois do desastre têm alegado que o caso foi tratado pela Justiça, que o arquivou há três anos, e que o poder político não pode interferir no poder judicial.

Imagens recolhidas depois do afundamento mostram um buraco no casco do navio, que, pelo aspeto e localização, terá sido aberto já depois do arrastão ter naufragado, segundo o sindicalista.

O pesqueiro "Bolama" afundou-se a 04 de dezembro de 1991 com 31 pessoas a bordo a 140 milhas do cabo Espichel pouco depois de sair da barra do Tejo para testar um novo sistema de recolha de redes. Foram recuperados apenas os corpos de oito ocupantes do navio, que se encontra a 124 metros de profundidade.

1 comentário:

  1. Complicado Filhota...infelizmente as coisas funcionam assim ou não funcionam.
    Beijinho

    ResponderEliminar